Você já sentiu medo em momentos que “não podia”? Como em que você precisaria agir, mas só conseguia sentir o seu coração acelerado e aquela sensação de nervosismo? Pois então, esse medo na hora errada muitas vezes é culpa dela, a ansiedade. E essa é uma das piores partes para quem sofre de ansiedade: ter ela em momentos que você gostaria de estar de boas. Mas isso tem solução!
Para entender melhor o que é essa ansiedade na hora errada leia os três exemplos abaixo:
- Quando você precisa apresentar um trabalho na faculdade e tem uma crise de ansiedade antes.
- Ou quando você tem que sair de casa para ir no mercado e fica muito nervoso/a que algum acidente aconteça no meio do caminho.
- Até quando você tem um momento social com os amigos e, por causa da ansiedade, acaba tendo um ataque de pânico.
Ou seja, a ansiedade no momento errado é quando ela atrapalha algo do seu dia a dia. A ansiedade te colocou em um estado de alerta em um momento que você precisava estar tranquilo para ter um bom desempenho. Esse medo que surge na sua mente é completamente evolutivo, normal e bem-vindo, mas não em alguns momentos como esses. Pois se não conseguirmos manejar a ansiedade a ponto de nos atrapalhar em atividades cotidianas, isso pode ser bem desagradável. Convenhamos que viver a todo momento esperando que algo ruim aconteça pode ser bem cansativo.
Mas por que isso acontece?
Atualmente somos muito mais protegidos de catástrofes naturais do que éramos há séculos atrás. Qualquer pessoa pensaria que o nível geral de ansiedade seria menor; mas, é o contrário. Somos pessoas nervosas em uma sociedade com muita ansiedade. E isso acontece porque hoje em dia existem muitos estressores, como fatores sociais (desemprego) e problemas da vida (dinheiro, família, etc). Ou seja, se você sente muita ansiedade e percebe que isso vem na hora errada, a culpa não é sua. Mas saiba que existem coisas que estão no seu controle para diminuir a ansiedade e viver melhor.
Além disso, a ansiedade clínica (os transtornos de ansiedade) é muito mais grave do que estar sujeito às preocupações do cotidiano. Por isso, se a sua ansiedade te atrapalha em atividades cotidianas, como te impedir de trabalhar de forma eficaz, ter relações saudáveis ou ter uma vida social agradável. Está na hora de você procurar um/uma psicólogo/a para te ajudar a melhorar.
Como a ansiedade afeta a vida das pessoas
Em estudos com populações ocidentais há uma especulação de que 18% da população sofrerá de um transtorno de ansiedade no futuro. Isso é um total de 88 milhões de pessoas vivendo com ansiedade (restrito somente ao país desse estudo, no caso, EUA). Ou seja, a ansiedade é algo que precisa ser levada a sério, principalmente quando chega a um nível patológico.
A ansiedade ocorrendo de forma tão elevada é outro problema adicional, já que pode ser tão alta a ponto de causar outros sintomas de outros transtornos, como a depressão. Pois, se a ansiedade não for tratada é comum que o indivíduo que sofre dela se frustre a ponto de achar que não tem mais saída. Consequentemente, isso reproduz sintomas de um transtorno depressivo maior.
Portanto, a ansiedade com níveis alarmantes é uma das condições psicológicas mais comuns e pode durar anos e piorar se não for tratada. No entanto, existe solução. Na psicologia há vários tratamentos eficazes e cientificamente comprovados para diminuir a ansiedade.
E agora, sou problemático? O que eu faço?
Calma! Só porque se sente nervoso/a em momentos que não gostaria de se sentir assim não significa que você tenha um transtorno de ansiedade. Além disso, existem vários tipos de transtornos da ansiedade que devem ser diagnosticados por um profissional da psicologia ou da psiquiatria. Por isso, se você percebe que a sua ansiedade é muito elevada, procure um/uma psicólogo/a para te ajudar.
Além disso, é possível que possa superar a ansiedade e viver de forma perfeitamente normal. É possível você não ficar dominado/a pelo medo e chegar em um estado que a ansiedade não te controla mais, não destrói a sua sensação de prazer e de tranquilidade, e não mais causa problemas à sua saúde e ao seu bem estar.
Referências: Leahy, R. L. (2012). Livre de ansiedade. Artmed Editora.