“… o suicídio é o fracasso de mil chances de ajuda, da capacidade coletiva de salvar aquele que morreu…” – Andrew Solomon.
Certamente o mais importante para falar sobre o suicídio é que existe outra saída que não o término da vida. Porém, muitas pessoas me perguntam angustiadas o que fazer em situações muito difícies. Nesses casos o que você pode fazer é não se culpar e tentar se acolher pelo que você está passando.
Se você me acompanha a algum tempo deve ter percebido minha predileção por esse autor, Andrew Solomon. De uma maneira linda ele transmitiu a mensagem de que apesar de toda ajuda ainda é possível que suicídios ocorram e que não temos controle absoluto sobre a vida de outra pessoa.
Sim, como profissional de saúde mental faço e farei de tudo para manter o bem-estar físico e psicológico dos meus pacientes. Mas sei que não sou um super-herói e repito isso quase como um mantra quando falo sobre suicídio.
Mesmo falando sobre o suicídio não ser e oferecendo ajuda as pessoas ainda vão cometer suicídio quando a ambivalência não existir e a rigidez caracterizar os padrões de enfrentamento de situações difíceis. Infelizmente, o suicídio pode ser o ponto final de muitas depressões.
Além disso, a terapia para luto daqueles que ficaram é tão importante quanto a terapia para aqueles em risco. Saiba que você não é culpado de nada: em alguns casos a melhora parece ser mais distante.
Mas não entenda essa mensagem como um ponto de desmotivação. A ideia é te contar que você não é responsável pela morte de alguém. Ou seja, pensar no que poderia ter sido feito não vai trazer essa pessoa de volta, somente te machucará.
Compartilhe o que você viveu e o que você sente com alguém. Não importa se vai ser em um grupo de ajuda ou com um psicólogo. Lidar com tudo isso sozinho não te tornará mais forte, mas ajudar a si mesmo e outros que passam por isso ajudará muito.
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