Começo te afirmando que a personalidade obsessiva-compulsiva não é TOC. Mas, lembra muito. A diferença principal é o “P” de personalidade. Sim, essa condição (não gosto muito da palavra transtorno) é de personalidade. Ou seja, um padrão de comportamentos. Se é comportamento fica mais fácil de mudar.
No geral podemos reconhecer essa condição pela teimosia. “Tem que ser assim, se não for não dará certo”; “a melhor maneira de fazer x é assim”; “isso não está perfeito, ou bom o suficiente, então refaça”. Ou seja, seu chefe tem TPOC? Não necessariamente. Calma na hora de diagnosticar, isso é reservado para psicólogos e psiquiatras, pois esses profissionais conseguirão avaliar o contexto e nível de prejuízo de forma imparcial.
Tá, eu te dou uma lista de sintomas:
- Preocupação com detalhes, regras, horários, organização e listas
- Esforço para fazer algo de modo perfeito que interfere na conclusão da tarefa
- Devoção excessiva ao trabalho e à produtividade (não por causa de uma necessidade financeira).
- Relutância em delegar ou trabalhar com outras pessoas
- Uma abordagem avarenta para gastar com eles mesmo e outros porque veem o dinheiro como algo a ser economizado para catástrofes futuras
- Rigidez e teimosia
Esses são alguns sintomas e não significa que você pode sair diagnosticando todo mundo. A ideia é identificar esses sintomas, que também são comportamentos, e modificá-los com a pessoa para que ela pare de sofrer por causa disso.
Eu tive uma paciente que tinha todos esses critérios para a personalidade obsessiva-compulsiva no início da terapia. No dia da alta ela me disse que é libertador não ter que ficar contando cada moedinha sem poder viver o agora porque está esperando o futuro.
Se você quiser saber mais sobre terapia, presencial em POA ou online de qualquer lugar do mundo, me chama no Whatsapp. E se você achou esse conteúdo interessente, tenho muitos outros posts sobre TOC.