Alguém não tira a própria vida por acaso. Não é frescura ou falta disso ou daquilo. Suicídio é complexo e envolve muitos fatores de risco e proteção. Você já deve ter escutado a besteira “quem quer se matar não avisa”. Então, avisa sim! Por isso, é bem possível que nós não soubemos escutar, não soubemos ver os fatores de risco ou estabelecer uma conversa em que essa pessoa fosse apoiada em vez de julgada. 

Uma das provas que um suicídio poderia ter sido evitado é que o risco de suicídio aumenta de acordo com o número de tentativas e está vinculado aos intervalos de tempo menores entre as tentativas. Podemos perceber os sinais da depressão e dos pensamentos suicidas antes. Mas se você só foi perceber depois da primeira tentativa, tem tempo de fazer muito por essa pessoa.

Tratamento psicológico salva vidas

A tentativa de suicídio é o maior fator de risco para se conseguir cometer suicídio. Então, se você tem um amigo/amiga ou familiar que precisa de ajuda não deixe de estar com ele/ela. E por isso ajude essa pessoa a procurar tratamento psicológico com psicólogo para ele/ela e para você.

Eu digo que você pode se beneficiar muito do tratamento, sim. Porque saber como lidar com o suicídio não é tarefa fácil nem para psicólogos e psiquiatras, o que dirá para você que é o porto seguro de uma pessoa que necessita de cuidado. 

Os dados da Organização Mundial da Saúde colocam que 800 mil pessoas cometem suicídio por ano. Não consigo sentir empatia por esse número, mas quando me lembro das histórias daqueles que cometeram suicídio e que de alguma forma poderiam ter se beneficiado de um tratamento.

Se você conhece alguém que precisa de ajuda não deixe de ligar para o Centro de Valorização da Vida (188) e procurar a ajuda de um profissional de saúde mental (psicólogo e psiquiatra). O suicídio pode ser o ponto final de muitas depressões, mas não é a solução dos seus problemas. Por isso, procure ajuda psicológica.

Referências e inspirações sobre artigos de suicídio:

Vidal, C. E. L., Gontijo, E. C. D. M., & Lima, L. A. (2013). Tentativas de suicídio: fatores prognósticos e estimativa do excesso de mortalidade. Cadernos de Saúde Pública, 29, 175-187.

Zimerman, A., Caye, A., Salum, G. A., Passos, I. C., & Kieling, C. (2018). Revisiting the Werther Effect in the 21st Century: Bullying and Suicidality Among Adolescents Who Watched 13 Reasons Why. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 57(8), 610-613.

suicídio não é acidente

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