Minha maior preocupação na clínica é o suicídio. Essa condição é mais comum do que se acredita ser. Tanto que é a segunda causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos. Ou seja, existe suicídio na adolescência.
Espaço seguro
Você pode achar que seu filho ou filha nunca faria isso. Mas te pergunto se você sabe tudo que está passando na vida dele ou dela. Provavelmente não e fique tranquilo! Não precisa, porque não é isso que vai resolver. Na verdade o que realmente importa é um ambiente acolhedor. Um lugar seguro para onde o seu filho/filha possa voltar e ter acolhimento caso precise. Por isso, tenha um espaço seguro.
Seja realista e responda à pergunta: como você reagiria a uma tentativa de suicídio de um familiar? Se você foi honesto deve ter ficado angustiado com a resposta e um pouco perdido. Tudo bem! Saiba que se isso acontecer você precisa procurar um profissional de saúde mental para auxiliar nesse momento.
Apesar do debate do 13 reasons why, aquele seriado do Netflix, ter esfriado podemos relembrar os benefícios da série. As pessoas tiveram coragem para contar que estavam pensando em cometer suicídio. Ou seja, tiveram coragem de pedir ajuda. E isso é muito importante para evitar o suicídio. A série pode ter um monte de problemas que foi bem analisado em artigo bem legal (abaixo na referência), mas colocar essa pauta fez com que se discutisse suicídio. Então, obrigado Netflix!
Por isso, a melhor coisa que posso dizer sobre o tema é: procure um psicólogo/a e/ou psiquiatra. Sair desse momento não é fácil. Toda a ajuda é bem-vinda. E a sua vida importa.
Adolescentes também sentem tristeza e podem ter depressão, e o suicídio pode ser o ponto final de muitas depressões. Por isso, procure ajuda psicológica ou encaminhe para um atendimento profissional em saúde mental para lidar com o suicídio na adolescência.
Referências e inspirações sobre artigos de suicídio:
Vidal, C. E. L., Gontijo, E. C. D. M., & Lima, L. A. (2013). Tentativas de suicídio: fatores prognósticos e estimativa do excesso de mortalidade. Cadernos de Saúde Pública, 29, 175-187.
